terça-feira, 24 de agosto de 2010

Artistas do Renascimento Francês

François I de Angoulême, ou Francisco I da França (Cognac, 12 de Setembro de 1494 - Rambouillet, 31 de Julho de 1547) foi rei da França, coroado em 1 de janeiro de 1515 na Catedral de Reims, e governou o país até à sua morte em 1547. Foi sepultado, com sua mulher Cláudia de França, duquesa da Bretanha, na Basílica de Saint-Denis, nas proximidades de Paris, e é chamado pelos franceses de "o Pai" (le Père) ou "o Restaurador das Letras" (Le Restaurateur des Lettres), e ainda "o Grande Golas", (Le Grand Golas), "o Bom Golas" (Le Bonhomme Golas) e ainda "Francisco de Nariz comprido" (François au Grand Nez).

Francisco pertencia à casa dos Valois dinastia que levou ao trono. Foi filho único de Carlos I de Valois ou Carlos d´Orléans-Angoulême (1459 - 1º de Janeiro de 1496), morto em Châteauneuf-en-Angoumois e sepultado na catedral de Angoulême. Era Conde de Angoulême, de Beaumont, do Luxemburgo, Conde de Soissons, Barão de Coucy, conde do Perigord, Governador da Aquitânia ou Guyenne. Sua mãe foi Luísa de Savóia.

Francisco tornou-se conde de Angoulême em 1496, depois Duque de Valois, duque de Milão, senhor de Asti, Duque da Bretanha (por direito da mulher, a princesa Cláudia). Herdou o trono não como genro, pois a Lei Sálica não permitia sucessão feminina, mas como primo de Luís XII, que não tivera herdeiros varões. Não foi Delfim, mas foi Rei.

Francisco I foi um grande mecenas e ajudou a difundir o Renascimento na França. Convidou a vir à França os grandes artistas da Itália, como Leonardo da Vinci, Rosso, Primaticcio, Benvenuto Cellini, Andrea del Sarto. Deu início ao atual palácio do Louvre, construiu ou redecorou os castelos de Fontainebleau e Chambord, foi o patrono dos poetas Marot e du Bellay. Seu mais importante serviço ao Humanismo foi ter fundado o Colégio de França ou Collège de France, que inicialmente se destinava ao ensino das línguas hebreia, grega, latina. Fundou a Imprensa real ou Imprimerie Royale. Entretanto, embora permitisse o desenvolvimento, nos círculos intelectuais, de certas idéias protestantes, ao mesmo tempo em que se propagava o Humanismo, depois de 1534 foi hostil à propagação do Protestantismo entre o povo, como se nota por sua perseguição em 1545 dos «Vaudois» de Chabrières e Mérindol.

Deixou poemas interessantes que os críticos consideram medíocres. Seu túmulo, e o de sua esposa a Rainha Cláudia (que deixou batizada uma espécie de ameixa verde que muito apreciava), em St. Denis, foram desenhados por Philibert Delorme, e executados por Pierre Bontemps.

François Rabelais (1493-1553) viaja pelo interior da França como padre e entra em contato com dialetos, lendas e costumes que influenciam sua obra. Em 1530, abandona o hábito e estuda medicina. A epopéia de Pantagruel e seu pai Gargantua, gigantes de apetites imensos, critica a estagnação medieval, atacando a igreja, a cavalaria e as convenções e é considerada obscena, na época, devido à expressão dos instintos.

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